segunda-feira, 1 de abril de 2013

O preço da copa: Higienização das grandes capitais.


Uma grande festa tomou conta do país com o anuncio que o Brasil seria sede da vigésima edição da Copa do Mundo. Seis anos depois, o cenário que encontramos não é um dos mais satisfatórios. Sabemos que o evento oferece um desenvolvimento passageiro, e que ao final da Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016, o Brasil cairá de vez na crise mundial. Obras atrasadas, superfaturamentos, desenvolvimentos que tem prazo de validade.

Entretanto, ainda existem alguns problemas que os governos precisam resolver. Milhares de turistas estarão desembarcando no país durante 2014 e 2016, e não é interessante que eles vejam a realidade brasileira. Os governadores, no papel de “por a ordem na casa”, desenvolvem as maiores atrocidades contra os marginalizados desse país. Podemos começar pelas “pacificações” dos morros cariocas, onde o Sergio Cabral proporciona a “paz” nos morros, acabando com o tráfico e outras mazelas. Será que por detrás dessas “pacificações” não existe um interesse de empresas privadas em instalar teleféricos, cinema 3D e transformar o morro num ponto turístico para assim ter renda? E o que falar das internações forçadas dos viciados em São Paulo? "Tirem essa escoria da cidade", é o que eles dizem. "Deixem a cidade limpa para receber os turistas". Será essa uma copa de todos como diz um comercial de refrigerante?

O que esta acontecendo no Brasil? Simples, uma verdadeira limpeza higiênica. Primeiro os viciados e agora os índios! Como se não bastasse, estão tirando as terras dos verdadeiros donos desse país. O governo maquia a realidade social do país para receber os turistas. É o típico esconder a sujeira debaixo do tapete. Claro, vai chegar a hora em que essa bomba vai explodir, e o resultado dessa explosão será o desemprego, mais viciados nas ruas, violência. É tempo de agir contra esses eventos que são passageiros e mostrar que temos que resolver problemas maiores como saúde e educação, não precisamos de eventos esportivos-midiáticos, que cada vez mais alienam a população enquanto estamos com as necessidades básicas deficientes.

- Da célula Bolívar, Combatente Osvaldo.