domingo, 27 de outubro de 2013

Unidade Vermelha e 'A marighella' no #OcupaEUA

Nota da UNIDADE VERMELHA sobre o #OcupaEUA.

A Unidade Vermelha, organização revolucionária, de caráter democrático, patriótico e internacionalista, e o coletivo A Marighella, saúdam seus valorosos militantes que estiveram presentes na operação desta última sexta-feira (17 de outubro) em Porto Alegre. Jonathan Lima e Bárbara Allende, militantes da Unidade Vermelha, juntos dos companheiros João Hermínio Marques, Cristian Garcia e Pedro Marques, d’A Marighella, organização co-irmã, são verdadeiros heróis da libertação popular-nacional. Eles colocaram suas próprias liberdades individuais em risco pela luta da soberania nacional contra a espionagem imperialista norte-americana. Além dos camaradas citados, também participaram da ação direta, um fotógrafo amador e dois menores, sem relação com nenhuma das organizações, tendo surgido repentinamente durante o protesto.


O #OcupaEUA aconteceu, de modo pacífico e simbólico, na agência consular norte-americana da capital gaúcha. Não houve qualquer crime. A ação direta tinha por objetivo tão somente pintar as paredes da agência com as cores da bandeira brasileira. No entanto, no decorrer da atividade, a agente consular norte-americana destilou toda sua xenofobia e racismo contra os manifestantes. Assim, em justa motivação, os companheiros acabaram cortando a bandeira dos Estados Unidos. O que não era nem preciso, afinal, a justa motivação é a própria relação imperialista de submissão que os Estados Unidos coloca sobre toda a Pátria Grande da América Latina.


Importante ressaltar que nunca foi ideia dos ocupantes depredar a agência consular. Deve, assim, ser totalmente afastada a terminologia sensacionalista da imprensa conservadora, que usou palavras inapropriadas como “vândalos“ e “vandalismo“. Caso fosse a intenção dos manifestantes danificarem o local, teriam feito muito além de simplesmente pintar paredes, e rasgar motivadamente uma bandeira. Contudo, não era esse o intuito do ato. A ideia era simbolicamente ofender aqueles que sempre nos ofenderam.


Não é vandalismo nem dano pintar uma agência consular norte-americana de verde-e-amarelo. Vandalismo é o que os Estados Unidos fizeram e fazem com o Brasil e com todo o mundo. Basta recordar que nosso povo foi submetido a duas décadas de ditadura em razão das vontades do imperialismo norte-americano. Basta lembrar que nosso país está sendo absurdamente espionado pela Agencia Nacional de Segurança norte-americana. Diante de tal cenário, pintar a Agência Consular dos Estados Unidos da América de verde-e-amarelo é realizar uma benfeitoria ao local, tão marcado pela sujeira Yankee.


Nossas organizações não temem possíveis retaliações já orquestradas pela direita-conservadora. Enfrentar o processo judicial com a austeridade de quem não cometeu crime é questão de honra para nós.


Defenderemos até o fim nossa valorosa militância e os demais camaradas que colocaram seus nomes à disposição da luta, ainda que de maneira fortuita.


Neste momento, é oportuno e fundamental reacender a luta por reformas no código penal. Inaceitável que uma ação direta extremamente politizada, que não tenha ofendido à integridade física de ninguém, sem qualquer ameaça à vida, seja tão criminalizada. Nossos companheiros estão sofrendo pesado processo criminal por defender a soberania nacional. É insustentável, depois de junho, quando a juventude em massa foi às ruas, manter obstáculos para a participação de jovens em manifestações, conforme a imputação de corrupção de menores. Mesmo considerando que os menores não fazem parte de nenhuma das organizações, e que compareceram ao protesto por livre e espontânea vontade, temos certeza de que a politização da juventude com ações diretas de ideologia política, como o #OcupaEUA, não é corromper menores. Ao contrário, corromper menores é intensificar a alienação estagnante, mantendo a juventude brasileira submissa ao modismo Yankee.


O que nossos companheiros fizeram de errado? Lutar pelo Brasil? Lutar pelo povo brasileiro? Lutar pela soberania nacional contra os Estados Unidos da América? A luta não se reprime, protesto não é crime! Ocupar é direito, não crime!


Por fim, deixamos claro que seguiremos na luta em defesa do Brasil, em defesa do povo brasileiro, em defesa da Revolução Brasileira, e contra o imperialismo norte-americano, contra a espionagem de Obama, e contra as prisões políticas.


À Unidade!


- Combatente Tom