domingo, 29 de junho de 2014

Nota sobre o fim da greve da Educação Estadual e Municipal do Rio de Janeiro

“Pretender combater o imperialismo sem combater inseparavelmente o oportunismo não passa de fraseologia oca”.
V. I. Lenin
A greve dos profissionais da educação que durou cerca de 45 dias teve seu fim decretado em 27/06 na assembleia unificada da categoria que durou cerca de seis horas. Ano passado, os professores protagonizaram uma greve combativa com forte adesão e vigorosas manifestações por toda a cidade, tal mobilização fortaleceu e criou condições materiais para a atual paralisação, ja que o Estado não cumpriu com as exigências acordadas (a portas fechadas com a direção pelega, bom lembrar).
Assembleia geral golpeada por pelegos.
Como é de costume no sindicalismo brasileiro, a burocracia dirigida pelos setores mais reacionários da burguesia (PT, PMDB, PSDB), atua para minar as lutas dos trabalhadores em todo país das formas mais desonestas possíveis, desde golpe em votações até a coerção por milicianos. E é nesse sentido que denunciamos aqui a pratica mais do que recorrente dos ditos partidos de "esquerda", que mais uma vez atuaram em prol do oportunismo e da reação.
E foi nesse clima que ocorreu a Assembléia Unificada que decretou o fim da greve, assembléia esta puxada em caráter de urgência com o único objetivo de por fim à mobilização na copa (a assembléia estava marcada para o dia 6, portanto esta foi em caráter extraordinário), com tantos golpes e discursos conciliadores por parte da esquerda "de oposição" (PSTU, PCB e setores do PSOL) e dos governistas (PT-PMDB) com direito a miliciano e capanga da CUT se passando por professor para fazer número nas votações. O que vimos na assembléia foram centrais que se dizem "revolucionárias", como a UC (PCB) e a CSP-CONLUTAS (PSTU/PSOL) votando pelo fim da greve no meio de um recesso, sem nenhum ganho para a categoria e no meio de um processo de demissão dos grevistas! É inacreditável que essas organizações se digam de esquerda, porém na pratica façam alianças com os setores mais reacionários.
Nosso total repúdio aos setores conciliadores e oportunistas, organizações que compõem há anos a direção do SEPE e em todo esse tempo vem atrasando a luta da categoria e se encastelando no sindicato.
A postura de tais setores não é novidade, mais especificamente a CSP-CONLUTAS, conhecida central pelega e oportunista, que atuou como legítima quinta coluna do Estado nas greves dos metroviários de São Paulo e Rio, e mais notadamente na combativa greve dos rodoviários cariocas, o que comprova que se trata de uma politica hegemônica semelhante as das centrais governistas e reacionárias!
Porém mesmo com mais essa derrota, nosso balanço é positivo, pois mostra o profundo amadurecimento e acumulo político da categoria desde a greve do ano passado. A greve terminou, mas a luta não cessa e mesmo com todo intransigência dos governos e do Judiciário continuamos a resistir.
A Unidade Vermelha do Rio de Janeiro saúda a brava resistência dos Educadores em Luta e disponibiliza ao máximo sua militância em defesa da classe trabalhadora, inclusive marcando presença na assembléia e em outras atividades da categoria.

Viva a luta da classe trabalhadora!
Abaixo o oportunismo! Por uma direção classista no SEPE!
Viva a luta independente e combativa!
À Unidade!
27/06/14
- Subcomandante Léo/Comandante Koba.